As diferentes abordagens revelaram os seus distintos estilos e prioridades.
Luís Marques Mendes adotou uma postura de prudência, defendendo que "o essencial é aguardar serenamente as investigações" e que seria precipitado falar em demissões. Apelou ao apuramento de todas as responsabilidades, afirmando que "a culpa não pode morrer solteira", mas sublinhou a necessidade de rigor. António José Seguro focou-se no direito dos cidadãos a respostas, exigindo saber "como é que o sistema de travagem não funcionou" e quem tinha a responsabilidade pela manutenção.
Demarcou-se do debate sobre a demissão do autarca, considerando-o "um assunto da vida partidária" e afirmando que a sua preocupação como candidato é "com a segurança dos portugueses".
Henrique Gouveia e Melo também pediu uma investigação a fundo, mas recusou uma "caça às bruxas", alertando para o perigo de usar a tragédia como arma política em período pré-eleitoral.
Defendeu que deve haver "uma responsabilização dos atores", sejam elas criminais, por negligência ou políticas, mas apenas após um inquérito isento e rápido.
Estas reações contrastantes ilustram as diferentes visões sobre o papel de um Presidente perante uma crise nacional: enquanto uns privilegiam a cautela institucional e o apuramento técnico, outros enfatizam a urgência de respostas à população e a separação entre a esfera presidencial e a partidária.