O episódio começou quando Ventura, nas redes sociais, criticou a viagem de Marcelo Rebelo de Sousa, baseando-se numa tradução literal e incorreta da palavra alemã "Bürger".

A sua acusação foi rapidamente desmentida, mas o tema dominou o debate público.

Confrontado com o erro, Ventura admitiu ter cometido um "lapso", mas recusou um pedido de desculpas, justificando a sua crítica com o que considera serem "viagens absolutamente desnecessárias à custa dos contribuintes".

A reação do Presidente da República, já em Berlim, foi de distanciamento, afirmando: "Quando estou no estrangeiro, falo das coisas boas de Portugal.

Não venho para o estrangeiro criticar Portugal".

A controvérsia foi aproveitada por outros candidatos presidenciais, como António Filipe (CDU), que afirmou que o episódio revela que Ventura tem "dificuldade em distinguir um cidadão de um hambúrguer".

O incidente não só expôs uma falha na preparação da comunicação do líder do Chega, como também serviu para os seus oponentes o caracterizarem como pouco preparado para as altas funções de Estado.

Por outro lado, a polémica reforçou a sua estratégia de ataque constante às instituições e ao Presidente, mantendo-se no centro da atenção mediática, independentemente da veracidade das suas alegações.