Embora a sua entrada na corrida seja dada como praticamente certa, a decisão final foi colocada nas mãos do Conselho Nacional do partido, numa manobra que visa reforçar a legitimidade interna da sua candidatura.
Diversos artigos noticiam que o Chega se reuniu para discutir o tema das presidenciais, com André Ventura a afirmar estar "disponível" para avançar, mas a submeter a decisão final ao partido.
Esta estratégia de compasso de espera gera expectativa mediática e permite a Ventura gerir o timing do seu anúncio para maximizar o impacto político.
A sua candidatura é vista como um fator potencialmente disruptivo na eleição, com capacidade para consolidar o voto do eleitorado mais à direita e anti-sistema, que lhe deu a terceira posição nas últimas legislativas. A sua presença na corrida presidencial de 2021, onde obteve um resultado expressivo, serve como precedente para o potencial que a sua candidatura poderá ter em 2026.
A iminência do seu anúncio condiciona também a estratégia dos restantes candidatos, especialmente no espaço do centro-direita, como Marques Mendes, que terão de disputar uma parte do eleitorado com Ventura. A sua campanha, a confirmar-se, deverá focar-se em temas como a segurança, a imigração e a crítica ao que designa como a corrupção do sistema político, num estilo de confronto direto que já caracteriza a sua atuação política.














