A sua estratégia passa por se apresentar como um "tribuno do todo, e não tribuno de uma fação", procurando captar o descontentamento com os partidos tradicionais.
Numa entrevista à SIC, Gouveia e Melo declarou de forma inequívoca: "De uma forma muito clara, sou o único candidato verdadeiramente independente, sem ligações partidárias". Esta afirmação visa distingui-lo de outros candidatos que, apesar de não terem o apoio formal de todos os partidos do seu espectro, possuem um claro lastro partidário. O almirante justificou os seus encontros com figuras de vários quadrantes políticos, incluindo o polémico almoço com André Ventura, como uma tentativa de esclarecer posições, mesmo que estas se revelem "incompatíveis".
Esta abordagem, embora reforce a sua imagem de dialogante e não-dogmático, também o expõe a críticas sobre a sua proximidade a figuras radicais.
A sua campanha parece apostar na memória do seu papel como coordenador da task-force de vacinação contra a Covid-19, onde foi percebido como uma figura de autoridade, competência e união nacional, qualidades que agora tenta transpor para a arena presidencial.
O desafio será converter essa notoriedade e imagem de independência numa base de apoio eleitoral sólida e abrangente, sem as máquinas partidárias que suportam os seus principais adversários.














