A escolha da data, embora ainda não formalizada, visa evitar a sobreposição de momentos-chave do processo eleitoral com as épocas festivas do Natal e do Carnaval. Ao justificar a sua preferência pelo dia 18 em detrimento do dia 25 de janeiro, Marcelo Rebelo de Sousa apontou duas razões principais.

A primeira é evitar que o prazo limite para a entrega de candidaturas, que ocorre 30 dias antes da eleição, coincida com o período natalício. A segunda, e considerada a "razão mais importante", é impedir que uma eventual segunda volta se realize no domingo de Carnaval, o que poderia afetar a participação eleitoral.

Esta decisão, embora de cariz logístico, tem um impacto político significativo, pois estabelece um calendário claro para os candidatos e partidos, funcionando como o tiro de partida oficioso para a pré-campanha. Ao anunciar a data, o Presidente cessante aproveitou para manifestar confiança na "sensatez" e argúcia dos eleitores portugueses nas suas escolhas, um comentário que reflete a sua perspetiva sobre a pluralidade de candidaturas e a importância do ato eleitoral para o futuro do país.

O anúncio oficial da data deverá ocorrer em outubro, após as eleições autárquicas.