Enquanto Mendes considera que a revisão não é uma prioridade, o Presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, defende o seu "aperfeiçoamento".
Durante a sua visita à ilha Terceira, Marques Mendes argumentou que o atual contexto geopolítico, com conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia, reforçou a "importância geoestratégica" da Base das Lajes, tornando a presença americana "sólida" e "necessária". Na sua ótica, levantar a questão da revisão do acordo neste momento seria como "dar tiros nos pés", uma vez que o "pesadelo" de um possível encerramento da base foi ultrapassado. Em contrapartida, no mesmo dia, José Manuel Bolieiro, falando numa conferência internacional, defendeu que "há espaço para o aprofundamento da relação", nomeadamente através do "aperfeiçoamento" do acordo.
Bolieiro sublinhou a necessidade de um maior respeito do poder central pela autonomia regional em matérias de segurança e defesa, afirmando que os Açores são "determinantes na obtenção dos melhores resultados". Este contraste de visões ilustra a tensão entre uma perspetiva de política externa nacional, focada na estabilidade estratégica, e os interesses e reivindicações da região autónoma, que procura maior envolvimento e contrapartidas.














