Este acentuado desgaste de imagem cria um cenário de transição e abre espaço para os candidatos à sua sucessão se posicionarem como alternativas. De acordo com sondagens recentes, mais de metade dos inquiridos considera que o desempenho do Presidente tem deixado a desejar, refletindo um sentimento de descontentamento que contrasta com os elevados níveis de aprovação que marcaram grande parte dos seus dois mandatos. Atualmente, o Chefe de Estado mantém um saldo positivo de popularidade apenas entre os eleitores que votaram na Aliança Democrática (AD) nas últimas eleições legislativas.
Este declínio pode ser atribuído a uma combinação de fatores, incluindo o desgaste natural de uma década no poder, a perceção de uma excessiva proximidade com o anterior governo socialista e o seu papel em diversas crises políticas recentes.
O atual contexto de avaliação negativa é um elemento fundamental para a corrida presidencial, pois influencia a forma como os candidatos se apresentam ao eleitorado. Alguns poderão tentar capitalizar o descontentamento, propondo uma rutura com o estilo de presidência de Marcelo, enquanto outros poderão procurar apresentar-se como herdeiros das suas qualidades mais consensuais, como a proximidade com os cidadãos.














