Embora Ventura afirme que “não era seu desejo” candidatar-se, justifica a decisão como uma forma de liderar a oposição.
A sua entrada na corrida foi imediatamente marcada por um tom de confronto, visando diretamente o candidato Henrique Gouveia e Melo, com quem teve um almoço que se tornou um ponto central de especulação política.
As reações dos outros candidatos foram imediatas e definidoras das suas próprias campanhas.
Marques Mendes saudou democraticamente a candidatura, mas sublinhou que os seus objetivos são “radicalmente diferentes”, posicionando-se como o candidato da moderação e união para “todos os portugueses”.
Por sua vez, António José Seguro utilizou o referido almoço para questionar a independência de Gouveia e Melo, perguntando: “O que é que se passou nesse almoço? O que é que combinaram?”. A candidatura de Ventura força os restantes intervenientes a demarcarem-se do seu discurso, ao mesmo tempo que a sua estratégia de focar o ataque em Gouveia e Melo parece visar a captura do voto antissistema que poderia ser atraído por uma figura militar vista como um ‘outsider’. O comentador Rui Moreira, citado nos artigos, nota que, embora a entrada de Ventura altere o jogo, Gouveia e Melo pode não ser o principal prejudicado, sugerindo a complexidade das novas dinâmicas eleitorais.














