As suas declarações surgem como uma resposta direta ao artigo de Cavaco Silva, que valorizou a experiência política. Gouveia e Melo contrapôs que a política não deve ser “uma casta ou um campo reservado” para quem fez carreira nas juventudes partidárias, afirmando que “não há nenhuma casta política que tome conta da democracia”.

Com esta narrativa, posiciona-se como um representante dos cidadãos contra uma elite política fechada.

O antigo Chefe do Estado-Maior da Armada criticou o que considera ser uma excessiva “partidarização destas Presidenciais”, temendo que se transformem numa “segunda volta de Legislativas”. Insiste que o Presidente deve ser um “tribuno do todo, e não tribuno de uma fação”.

Gouveia e Melo mostrou-se também irritado com a insistência sobre o seu almoço com André Ventura, justificando-o como uma tentativa de clarificar posições que se revelaram incompatíveis. Para reforçar a sua imagem de diálogo amplo e não-partidário, mencionou que já se encontrou “com gente do PS e do PSD” e que tenciona encontrar-se “com mais gente à esquerda”.