O candidato António José Seguro, num debate no Clube dos Pensadores, vincou o caráter independente e suprapartidário da sua candidatura a Belém, criticando a “cultura de trincheira” que domina a política nacional. Apesar do seu passado como secretário-geral do PS, Seguro foi perentório ao afirmar que a sua candidatura “nunca será uma candidatura partidária” e que nasceu “de forma espontânea”, não tendo sido “combinada em nenhum gabinete em Lisboa”. A sua motivação, declarou, surge da constatação de que o país tem “um Estado a abrir fendas, uma sociedade deslaçada e uma democracia fragilizada”.
Definiu como seus verdadeiros adversários “os problemas que os portugueses têm”, como as dificuldades no acesso à saúde, justiça e habitação.
Em relação a André Ventura, apelou à união dos democratas “contra os muros e a favor das pontes”.
Seguro apresentou uma visão para o cargo de um “Presidente mais discreto”, que privilegia a prevenção e o diálogo em detrimento da reação. Prometeu ainda ser um presidente próximo dos cidadãos, que quer ouvir e aprender diretamente com as pessoas, talvez até realizando visitas sem a presença da comunicação social.
Esta postura visa atrair um eleitorado moderado e descontente com a polarização, apresentando-se como uma figura de consenso e estabilidade.
Em resumoAntónio José Seguro posiciona-se como um candidato independente e agregador, focado na resolução dos problemas do país e procurando construir uma base de apoio transversal, que vá além das fronteiras partidárias, enquanto aguarda a decisão formal do PS.