O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo reagiu diretamente ao artigo de opinião de Aníbal Cavaco Silva, defendendo que a Constituição não reservou a Presidência da República para os partidos políticos. Esta resposta demarca a sua posição como um candidato antissistema e critica a noção de que a política é um domínio exclusivo de uma "casta". Em várias declarações, o ex-almirante contrapôs a tese de Cavaco Silva, afirmando que a política não é "uma casta ou um campo reservado" para aqueles que fizeram o seu percurso desde as juventudes partidárias.
Gouveia e Melo criticou também o antigo Presidente por não ser claro sobre quem apoia na corrida a Belém.
Com a sua reação, procurou validar a sua legitimidade enquanto candidato proveniente da sociedade civil, argumentando: "Nós estamos numa democracia e não há nenhuma casta política que tome conta da democracia, porque, senão, não era democracia".
Esta posição é central na sua estratégia de campanha, que visa capitalizar o descontentamento de uma parte do eleitorado com a classe política tradicional. Ao confrontar diretamente a figura de Cavaco Silva, Gouveia e Melo reforça a sua imagem de outsider e transforma a sua falta de experiência política partidária num trunfo, apresentando-a como uma garantia de independência e de renovação.
Em resumoGouveia e Melo contrapôs a visão de Cavaco Silva ao afirmar que a Presidência está aberta a todos os cidadãos, não apenas a políticos de carreira, consolidando assim a sua imagem de candidato independente e crítico do sistema partidário.