Esta declaração visa reforçar a sua imagem de outsider e criticar o que considera ser uma excessiva partidarização da corrida presidencial. O ex-chefe do Estado-Maior da Armada expressou preocupação com o facto de a eleição presidencial se estar a assemelhar a "uma segunda volta de Legislativas", com cada partido a promover o seu candidato. Defendeu que, numas presidenciais, os candidatos devem ser "tribunos do todo, e não tribunos de uma fação", reforçando a sua posição ao declarar: "De uma forma muito clara, sou o único candidato verdadeiramente independente, sem ligações partidárias."
Durante a entrevista, abordou também o polémico almoço com André Ventura, justificando-o como uma tentativa de esclarecer posições que se revelaram incompatíveis.
A sua autoafirmação de independência total é uma estratégia para atrair o eleitorado desencantado com os partidos tradicionais. Ao mesmo tempo, ao revelar que já se encontrou com "gente do PS e do PSD" e que tenciona encontrar-se "com mais gente à esquerda", procura demonstrar uma capacidade de diálogo transversal, essencial para a função presidencial, sem se comprometer com nenhuma força política.














