Esta reação estabelece um dos principais contrastes da campanha, entre o centro-direita moderado e a direita radical.

Durante uma visita aos Açores, Marques Mendes saudou democraticamente a candidatura de Ventura, mas sublinhou que os seus objetivos são "radicalmente diferentes".

Afirmou: "André Ventura concorre para representar uma parte dos portugueses. Eu candidato-me para representar todos os portugueses".

Esta declaração define a sua estratégia de campanha, que se baseia na construção de uma plataforma centrista e agregadora.

Mendes caracterizou a sua candidatura como sendo "do anti-radicalismo, é a candidatura da moderação, é a candidatura do centro, é a candidatura da experiência e da unificação de todos os portugueses", insistindo que o seu objetivo é "unir" e não "dividir". Ao criar esta dicotomia, Marques Mendes procura consolidar o apoio do eleitorado de centro e de direita moderada que rejeita a polarização e o discurso de Ventura.

A sua resposta imediata e assertiva visa conter a expansão de Ventura no seu espaço político e apresentar-se como a única alternativa viável e estável nesse espectro ideológico.