A marcação da reunião para meados de outubro significa que o PS tomará a sua decisão após as eleições autárquicas, uma estratégia que pode visar evitar que o tema presidencial interfira na campanha local. Para António José Seguro, que já se assumiu como candidato e define a sua candidatura como suprapartidária, a decisão do PS é crucial.
Embora insista na sua independência, um apoio formal do maior partido da oposição conferir-lhe-ia uma estrutura e base eleitoral fundamentais. A ausência de outros candidatos socialistas de peso foi interpretada por alguns como um apoio tácito, mas a formalização está agora dependente da avaliação que o partido fará do quadro político em outubro.
O adiamento reflete as complexidades internas do PS e a importância estratégica da eleição presidencial no atual contexto político, deixando o seu antigo líder a fazer campanha, para já, sem o respaldo oficial da sua família política.













