António José Seguro tem sido um dos mais vocais na sua demarcação, prometendo ser um 'Presidente da República árbitro, um Presidente da República independente e um Presidente da República que quer que cada português, cada partido e cada ator dê o melhor que tem'. A sua garantia de que não será um 'primeiro-ministro sombra em Belém' e que os portugueses não o verão 'todos os dias à noite no telejornal' aponta para um desejo de regressar a uma presidência mais formal e menos interventiva no quotidiano político. Na mesma linha, Luís Marques Mendes defende que 'um Presidente deve ser contido para que a palavra seja valorizada', argumentando que a banalização da comunicação presidencial retira peso institucional à figura.

Embora prometa manter a proximidade com os cidadãos, a sua ênfase na contenção sugere uma abordagem mais ponderada e seletiva nas suas intervenções.

Este debate é alimentado pela perceção pública do mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, frequentemente descrito como de grande proximidade e comentário constante, um estilo que os candidatos agora procuram redefinir, cada um à sua maneira, para apelar a diferentes sensibilidades do eleitorado.