Esta definição de perfil visa demarcar-se do estilo do atual Presidente e posicioná-lo como uma figura agregadora e reformista.

Numa entrevista à SIC Notícias, Marques Mendes sublinhou que os portugueses devem votar em si por duas razões principais: "Experiência e independência". Argumentou que o cargo de Presidente da República é "o cargo mais político que há em Portugal" e deve ser exercido por alguém com profundo conhecimento do país e capacidade de "fazer pontes entre os partidos". Para reforçar a sua independência, lembrou que entregou o cartão de militante do PSD e que a sua isenção foi demonstrada ao longo de 12 anos de comentário político, onde criticou governos do seu próprio partido. Sobre o estilo de presidência, prometeu uma abordagem diferente da de Marcelo Rebelo de Sousa, afirmando que "um Presidente deve ser contido para que a palavra seja valorizada", de modo a não "banalizar a sua palavra".

No entanto, assegurou que manterá a proximidade com as pessoas, havendo espaço para 'selfies'.

Distinguiu-se também de André Ventura, afirmando que o seu objetivo é "reformar" o sistema e não "destruir", e que, embora indigitasse um governo do Chega para evitar um "golpe de Estado constitucional", poderia exigir garantias escritas de respeito pela Constituição se o programa do partido contivesse "medidas manifestamente contrárias" à mesma.