Em declarações aos jornalistas, o Chefe de Estado argumentou que "cada caso é um caso e a pessoa dos candidatos pesa muito nas autárquicas".
Segundo Marcelo, os temas que dominam as campanhas municipais são problemas locais, como a habitação, a mobilidade e os transportes, e não as grandes questões da política nacional.
Afastou, por isso, a ideia de que a atualidade nacional, incluindo o caso Spinumviva que envolve o primeiro-ministro, pudesse "contaminar" a escolha dos eleitores. Para reforçar a sua tese, o Presidente observou que a presente campanha autárquica se caracteriza por uma participação "muito menos intensa" dos líderes nacionais dos partidos, em comparação com anos anteriores, o que, no seu entender, acentua o seu caráter local.
Esta posição do Presidente é vista como uma tentativa de gestão de expectativas e de proteção da estabilidade governativa. Ao desincentivar a nacionalização dos resultados, procura evitar que uma eventual derrota do partido do Governo ou um mau resultado dos principais partidos seja interpretado como um cartão vermelho ao Executivo ou uma crise no sistema partidário, preservando assim o quadro político nacional de possíveis abalos pós-eleitorais.














