A escolha dos destinos não foi aleatória, refletindo a aposta em dois dos maiores círculos eleitorais da emigração.

Gouveia e Melo deslocou-se ao Brasil, onde contactou com a comunidade luso-brasileira, defendendo a necessidade de coesão e prosperidade para preservar a liberdade e a democracia.

Simultaneamente, Luís Marques Mendes esteve em Paris, um dos mais importantes centros da emigração portuguesa na Europa.

Estas ações de campanha demonstram uma tática concertada para mobilizar um eleitorado que pode ser decisivo numas eleições renhidas.

Ao marcarem presença física junto destas comunidades, os candidatos procuram criar uma ligação de proximidade e mostrar que as preocupações da diáspora fazem parte das suas agendas políticas. Esta estratégia contrasta com a de outros candidatos, como António José Seguro, que optou por uma mensagem focada nos problemas internos do país, revelando diferentes prioridades e visões sobre o papel da Presidência da República na sua relação com os portugueses espalhados pelo mundo. A aposta na diáspora sinaliza a perceção de que a vitória em Belém pode depender da capacidade de construir pontes e de se apresentar como um Presidente para todos os portugueses, independentemente de onde residam.