Este esclarecimento surgiu num contexto de incerteza e controvérsia política, nomeadamente após as questões levantadas por André Ventura sobre os custos da operação.

Segundo o Chefe de Estado, a primeira opção oferecida aos detidos seria “assinar um documento dizendo que saem, com a sua concordância, do território de Israel”, caso em que o Estado israelita cobriria as despesas do repatriamento. A alternativa seria recusar, “ficar em território israelita e iniciar o processo que conduz à intervenção de um juiz”, um cenário em que Israel já não suportaria os custos da saída.

Ao fornecer esta informação, Marcelo Rebelo de Sousa procurou desanuviar a polémica, explicando que a questão dos custos dependia diretamente da escolha dos próprios ativistas.

Esta comunicação pública serviu para enquadrar o debate com factos, contrariando a narrativa de que o Estado português seria inevitavelmente onerado. A intervenção do Presidente demonstra o seu papel de informador e moderador, tentando gerir a perceção pública de um evento com potencial para escalada política e diplomática, uma função de equilíbrio que será exigida ao seu sucessor.