Luís Marques Mendes deslocou-se a Paris, enquanto o Almirante Gouveia e Melo esteve no Brasil, evidenciando a importância estratégica da diáspora no xadrez eleitoral.
A decisão de dois proeminentes candidatos presidenciais de passarem a data simbólica da Implantação da República fora do território nacional, junto das comunidades emigrantes, assinala uma clara estratégia de campanha focada na diáspora.
Os artigos reportam que Marques Mendes esteve em França e Gouveia e Melo no Brasil, utilizando a ocasião para contactar diretamente com os portugueses residentes nesses países.
Esta abordagem sublinha o reconhecimento do peso eleitoral e da influência das comunidades portuguesas, que constituem um eleitorado cada vez mais relevante.
A escolha destes destinos não é arbitrária, visando dois dos países com maior concentração de cidadãos nacionais.
A iniciativa contrasta com a cerimónia oficial em Lisboa, que Marcelo Rebelo de Sousa assinalou pela última vez como Presidente da República de forma protocolar e sem discursos, devido à sobreposição com a campanha para as eleições autárquicas. A movimentação dos candidatos demonstra uma tentativa de se diferenciarem e de marcarem uma agenda própria, projetando uma imagem de proximidade com um Portugal que transcende as fronteiras físicas. Ao fazê-lo, antecipam uma longa campanha onde a mobilização do voto no estrangeiro será, previsivelmente, um dos campos de batalha decisivos para o desfecho das eleições de janeiro de 2026.












