Marcelo Rebelo de Sousa considerou "inevitável" que surjam "momentos difíceis" neste período, mas desvalorizou o seu impacto real nos resultados eleitorais. Ao abster-se de comentar diretamente o caso que envolve Luís Montenegro por ser “um processo que está ainda no domínio da investigação judicial”, Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou a oportunidade para fazer uma análise mais ampla sobre a dinâmica das campanhas eleitorais. Baseando-se na sua vasta experiência política, o Presidente argumentou contra a ideia de que os últimos dias de campanha são decisivos para o resultado.
Considerou esta crença “errada”, sustentando que “o eleitorado fica fixo, na grande maioria, bastante tempo antes”.
Segundo o Chefe de Estado, a proliferação de polémicas nesta fase deve-se à perceção, que julga equivocada, de que podem influenciar o desfecho, especialmente quando as sondagens indicam proximidade entre candidaturas. Descreveu como parte da “inevitabilidade da campanha eleitoral” o facto de os candidatos terem de “esperar os momentos mais difíceis, mais complicados” para o final, mas insistiu que “isso não quer dizer que tenham depois efeito nos resultados”.
Estas declarações, proferidas num contexto de tensão política pré-autárquica, funcionam como um comentário sobre a cultura política nacional e um apelo implícito à moderação e à análise ponderada dos acontecimentos, uma mensagem relevante para o ciclo eleitoral presidencial que se avizinha.













