A proposta de lei do Orçamento do Estado para 2026, entregue pelo Governo PSD/CDS-PP, revela um aumento significativo na verba destinada à Presidência da República. A dotação para o Palácio de Belém sobe 18% em comparação com 2025, contrastando com uma descida de cerca de 16% para a Assembleia da República. Os detalhes financeiros, constantes no Mapa 4 da proposta orçamental, especificam que a Presidência da República terá uma dotação de 22,39 milhões de euros para o próximo ano, um acréscimo notável face aos 18,96 milhões de euros orçamentados para 2025. Este aumento de 18% é particularmente relevante por ocorrer no ano em que um novo Chefe de Estado tomará posse, em março de 2026. Em sentido inverso, a Assembleia da República vê a sua dotação reduzida em 16,15%, passando de 176,99 milhões para 148,39 milhões de euros.
Os artigos esclarecem que o montante de 2025 para o parlamento já incluía despesas relacionadas com as subvenções para as eleições autárquicas. O Tribunal Constitucional, por sua vez, regista um ligeiro aumento de 1,95%, com o seu orçamento a passar de 10,27 milhões para 10,47 milhões de euros.
Esta reconfiguração das verbas entre os principais órgãos de soberania constitui uma decisão política com implicações diretas no funcionamento e nos recursos disponíveis para cada instituição, sendo que o reforço financeiro da Presidência prepara a instituição para um novo ciclo político sob uma nova liderança.
Em resumoA proposta de Orçamento do Estado para 2026 contempla um aumento de 18% na dotação para a Presidência da República, que ascenderá a 22,39 milhões de euros. Este reforço financeiro, que coincide com o início de um novo mandato presidencial, contrasta com um corte de 16% no orçamento da Assembleia da República.