Esta situação tem múltiplas implicações.

Por um lado, pode levar a um maior escrutínio das ações do Governo e dos partidos, que estão constantemente a ser avaliados pelos eleitores.

Por outro, arrisca-se a gerar fadiga no eleitorado e a banalizar o ato de votar, potencialmente aumentando a abstenção.

Para os candidatos presidenciais, este contexto significa que as suas campanhas se desenrolam num ambiente de alta politização, onde os resultados de uma eleição influenciam a perceção pública e a estratégia para a seguinte. A sobreposição de temas de campanha — locais, nacionais e, eventualmente, os de âmbito presidencial — pode confundir os eleitores e dificultar um debate focado nas competências e propostas específicas para cada cargo. A análise de Marcelo Rebelo de Sousa serve como um aviso sobre a complexidade do momento político atual, que exigirá dos futuros candidatos presidenciais uma capacidade acrescida de se diferenciarem e de mobilizarem um eleitorado potencialmente desgastado.