Este apelo sublinha a importância da estabilidade e do diálogo institucional como legado e desafio para a próxima legislatura e Presidência.
Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que, num contexto de governo minoritário, as grandes reformas estruturais não podem avançar sem um consenso alargado, descrevendo-as como “acordos de Estado”.
Enfatizou a natureza semipresidencial do sistema português, afirmando ser “fundamental uma parceria entre o Presidente da República e o Governo”, bem como com a Assembleia da República, para garantir a estabilidade necessária para que “pelo menos, uma legislatura corra bem”. Este discurso é interpretado como um roteiro para o futuro, estabelecendo as condições para a governabilidade e o progresso do país.
Ao fazê-lo, o Presidente não só aconselha o atual executivo, mas também define um padrão de conduta e uma exigência para quem lhe suceder no cargo. Para os candidatos presidenciais, a mensagem é clara: o próximo Chefe de Estado terá um papel crucial como mediador e facilitador de consensos, sendo a sua capacidade de diálogo e de construção de pontes entre as diferentes forças políticas uma característica essencial para o sucesso do seu mandato e para a estabilidade do país.













