Esta indicação, embora ainda não formalizada, estabelece um calendário político claro e acelera o posicionamento dos potenciais candidatos na corrida a Belém.

A declaração do Chefe de Estado, proferida em várias ocasiões ao longo da semana, solidifica uma data que já vinha a ser ponderada. Marcelo Rebelo de Sousa justificou a sua preferência com duas razões principais: evitar que o prazo limite para a entrega de candidaturas coincida com o período natalício e, mais importante, impedir que uma eventual segunda volta ocorra no domingo de Carnaval, o que poderia aumentar a abstenção. “Não me parece sensato estar a marcar uma segunda volta de umas presenciais num fim de semana de Carnaval”, considerou o Presidente. Legalmente, a data das eleições tem de ser marcada com uma antecedência mínima de 60 dias, o que significa que o decreto presidencial terá de ser publicado até 18 de novembro de 2025. A confirmação desta data tem implicações diretas na estratégia dos candidatos, que agora dispõem de um horizonte temporal definido para organizar as suas campanhas, formalizar apoios e intensificar a sua presença no espaço público.

A antecipação do anúncio informal contribui para a clarificação do panorama político, permitindo que o debate sobre os sucessores de Marcelo se intensifique nos próximos meses, com base num calendário já conhecido por todos os intervenientes políticos e pelo eleitorado.