Marcelo Rebelo de Sousa previu uma aprovação parlamentar relativamente fácil, argumentando que a estratégia do executivo foi retirar os temas mais fraturantes do documento principal.

Segundo o Chefe de Estado, este é um orçamento em que “tudo o que é mais polémico ou está noutras leis que vêm a seguir ou então já se conhece”, o que simplifica a sua negociação e votação na Assembleia da República. Marcelo Rebelo de Sousa também comentou a margem orçamental, que o Ministro das Finanças classificou como “próxima de zero”, interpretando-a como uma tática negocial e afirmando que existe uma “almofada” para garantir que não se entra em défice.

O Presidente desvalorizou ainda as críticas sobre a antecipação da entrega do documento, afastando a ideia de “aproveitamento” político em vésperas de eleições autárquicas. Com esta análise, Marcelo desempenha o seu papel de moderador, procurando diminuir a tensão política em torno do orçamento e promovendo um ambiente de estabilidade, essencial para o normal funcionamento das instituições num quadro de governo minoritário.