Filipe propõe-se a unir a esquerda e os democratas em torno do seu projeto, assumindo-se como uma barreira contra a extrema-direita.
A sua mensagem principal é clara: a sua candidatura representa “o apelo ao cumprimento pleno da Constituição da República”. Esta estratégia ancora a sua campanha nos valores fundamentais do regime democrático, posicionando-o como um garante da estabilidade institucional e dos direitos sociais consagrados na lei fundamental. Ao visitar Piódão, local afetado por um grande incêndio, António Filipe procura também ligar a sua defesa da Constituição a problemas concretos do país e das populações mais vulneráveis, mostrando que os princípios constitucionais têm uma aplicação prática na vida dos cidadãos. Um dos pontos centrais da sua estratégia passa por agregar o voto da esquerda. O candidato defende abertamente que “a convergência à esquerda deve ser feita à volta da sua candidatura”, rejeitando a ideia de desistir a favor de outro candidato, como António José Seguro.
Esta posição demarca o seu espaço e o do PCP, afirmando a sua candidatura como o verdadeiro polo aglutinador das forças progressistas.
A sua determinação em afirmar que procuraria formas de evitar que a extrema-direita participasse no governo reforça o seu papel de barreira democrática, um tema que se tornou central no atual panorama político português.
António Filipe constrói, assim, uma candidatura com uma identidade ideológica bem definida, que não procura o centro, mas sim a consolidação e união do seu próprio campo político.














