O principal ponto de discórdia tem sido a gestão da Lei dos Estrangeiros.
A perceção externa da sua candidatura é de forte crítica, com comentadores a anteverem uma campanha “dura e muito extremada” e a descreverem-no como alguém que quer “presidir, governar, julgar e sentenciar”. Esta análise sugere que a sua candidatura é vista como uma tentativa de subverter o equilíbrio de poderes do sistema democrático. Ventura, por seu lado, alimenta esta imagem de confronto, elegendo o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa como seu principal alvo. Acusou o chefe de Estado de “taticismo político” e de atrasar deliberadamente a promulgação da Lei dos Estrangeiros, sugerindo que Marcelo pretendia empurrar a decisão para o seu sucessor por não concordar com o conteúdo da lei. A retórica de Ventura é assertiva e desafiadora, como demonstra a sua declaração: “Enquanto esta maioria existir no parlamento, vai haver uma Lei de Estrangeiros, quer o Presidente goste, quer o Presidente não goste”. Este discurso de rutura visa mobilizar a sua base de apoio, apresentando-se como o único candidato capaz de enfrentar o sistema e implementar as políticas que a sua base eleitoral defende, particularmente no que toca ao controlo da imigração. A sua primeira entrevista como candidato formal foi descrita como o seu “auge de populismo”, indicando que esta será a tónica dominante da sua campanha.














