Esta declaração visa posicioná-lo como um candidato institucional e moderado, em contraste com candidatos mais partidarizados ou com discursos considerados populistas.
A reação do ainda Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não tardou. Confrontado com as palavras do almirante, Marcelo afirmou que “os candidatos presidenciais são livres de dizer o que pensam” e que têm “todo o direito – o dever – de comentar o passado, o presente e o futuro”.
Esta resposta, embora neutra, reconhece a legitimidade do debate e a inevitabilidade de o seu próprio mandato ser escrutinado pelos aspirantes a sucessores.
Este episódio é sintomático do início da “caça ao voto”, onde os candidatos procuram definir as suas identidades políticas através da diferenciação e da crítica, estabelecendo as linhas de fratura que irão provavelmente dominar a campanha oficial.
O tom está a ser definido não por propostas detalhadas, mas por declarações de princípios e ataques indiretos que moldam a perceção pública dos candidatos.














