A confirmação desta data estabelece um calendário definitivo para a campanha e para a sucessão em Belém.

A escolha da data não é aleatória e reflete uma preocupação com a participação eleitoral e a logística do processo.

O Presidente explicou que a sua “inclinação tendencial” para 18 de janeiro, em detrimento da data de 25 de janeiro, prende-se com duas razões principais. A primeira é evitar que o prazo limite para a entrega de candidaturas coincida com o período natalício. A segunda, e “razão mais importante”, é evitar que uma eventual segunda volta, que ocorre três semanas após a primeira, calhe em pleno domingo de Carnaval, o que poderia aumentar a abstenção. Se a eleição for a 18 de janeiro, uma segunda volta realizar-se-ia a 8 de fevereiro.

A formalização desta data é um passo constitucionalmente relevante.

A lei estipula que o Presidente deve marcar as eleições com uma antecedência mínima de 60 dias, o que significa que, se a data de 18 de janeiro se confirmar, o decreto de marcação das eleições terá de ser publicado até 18 de novembro. Para os candidatos e partidos, esta sinalização é crucial, pois permite-lhes planear com maior rigor as fases da campanha, a recolha de assinaturas e a estratégia de comunicação.

A definição do calendário transforma a corrida, até agora informal, numa contagem decrescente oficial para o dia da votação, intensificando a atividade política.