Esta afirmação posiciona a sua candidatura como uma alternativa às forças partidárias tradicionais e aos discursos mais radicais.
Com esta metáfora forte, o antigo Chefe do Estado-Maior da Armada critica diretamente os candidatos com fortes afiliações partidárias, que poderiam usar a Presidência para servir interesses específicos, e também aqueles que, na sua visão, recorrem a discursos populistas para ganhar votos. Gouveia e Melo define a sua visão para o cargo como a de um magistrado que não anda “de braço dado com o Governo”, mas que tem o dever de “auxiliar, vigiar e ser exigente com a governação”. Este posicionamento reforça a sua imagem de figura de Estado, moldada pela sua carreira militar, que coloca a isenção e o interesse nacional acima de qualquer agenda política. Ao afirmar que Portugal precisa de um Presidente “que compreenda o mundo, que domine os assuntos da defesa e que saiba orientar o país com segurança e confiança”, Gouveia e Melo joga com os seus trunfos de experiência em liderança e estratégia. A sua candidatura procura, assim, ocupar um espaço de moderação e competência, apelando a um eleitorado que valoriza a estabilidade institucional e desconfia da partidarização excessiva do Palácio de Belém.














