Esta justificação, contudo, não satisfez André Ventura, que viu na gestão do tempo do processo um “taticismo político”.

O líder do Chega acusou Marcelo Rebelo de Sousa de usar “vetos de todo o tipo, sejam de gaveta, sejam de enviar para o Tribunal Constitucional” para protelar a entrada em vigor de uma lei com a qual não concorda.

Para Ventura, a atitude do Presidente visa “procurar que quem venha a assinar esta lei venha a ser outro presidente”. Esta troca de acusações permitiu a André Ventura reforçar a sua posição de linha dura em matéria de imigração e, simultaneamente, atacar o Presidente cessante, uma tática comum para um candidato da oposição que procura marcar uma rutura com o status quo. A controvérsia em torno desta lei tornou-se, assim, mais um campo de batalha da pré-campanha presidencial.