Apresenta-se como a candidata que quer vencer para ser a “Presidente que cuida da democracia”, procurando criar um espaço de convergência à esquerda. A sua entrada na corrida presidencial representa um passo significativo para o Bloco de Esquerda, que volta a ter uma figura de proa na disputa por Belém, depois de Marisa Matias. Ao centrar o seu discurso na necessidade de cuidar da democracia, Catarina Martins posiciona-se como uma barreira contra o avanço da extrema-direita e contra a degradação das instituições e dos serviços públicos.
Sublinhou que a sua candidatura é um “espaço de encontro e convergência” e que tem “vontade de construir novas pontes e soluções”, um apelo que visa agregar o voto do eleitorado de esquerda para além das fronteiras do seu partido.
A sua formalização intensifica a competição neste setor político, que já conta com outras figuras como António José Seguro (apoiado pelo PS) e António Filipe (apoiado pelo PCP).
A candidatura de Martins será um teste à capacidade do Bloco de Esquerda de mobilizar o seu eleitorado numa eleição presidencial e de influenciar o debate político nacional com as suas agendas centrais, como a defesa do Estado Social, os direitos humanos e a justiça climática, agora enquadradas sob o lema da proteção da democracia.













