A formalização do apoio partidário não é uma surpresa, mas reforça a estratégia de Ventura de fundir a sua imagem com a da força política que lidera. Ele próprio afirmou que a sua candidatura, embora pessoal, “se alicerça e que tem uma raiz profundíssima naquilo que tem sido o crescimento e a implantação do Chega no país todo”.

Esta abordagem contrasta com a de muitos outros candidatos, que procuram cultivar uma imagem de independência ou de representação suprapartidária. Ao assumir o objetivo de vencer a primeira volta, Ventura lança um desafio direto aos candidatos dos partidos mais tradicionais e procura mobilizar a sua base eleitoral com uma mensagem de força e otimismo.

A sua campanha será, inevitavelmente, uma continuação da sua atividade parlamentar e partidária, focada em temas como a imigração, a segurança, a corrupção e a crítica ao sistema político. A sua performance nas eleições presidenciais será vista não apenas como um resultado pessoal, mas como um barómetro da força e da capacidade de mobilização do Chega a nível nacional, testando se o seu crescimento nas legislativas se traduz num apoio robusto para o cargo de Chefe de Estado.