Adicionalmente, identificou Mário Soares como o seu principal modelo de Presidente da República.
Numa entrevista à agência Lusa, o ex-chefe do Estado-Maior da Armada foi perentório: “Nós precisamos dos imigrantes para nos desenvolvermos.
A imigração não é um problema, é uma oportunidade”.
Questionou retoricamente se os portugueses têm “um gene especial”, argumentando que “passados 10 anos um imigrante é tão português como nós”.
Esta posição clara sobre um tema fraturante visa posicioná-lo no campo da moderação e do humanismo, em contraste direto com a direita mais radical.
Em paralelo, Gouveia e Melo definiu o seu referencial para o cargo, afirmando que o Presidente em que mais se revê “até como ser humano, é Mário Soares”, embora também reconheça o importante contributo de Ramalho Eanes para a democracia.
Sobre a relação com o executivo, defendeu que o Presidente da República não deve andar “de braço dado com o Governo”, mas sim “auxiliar, vigiar e ser exigente com a governação”. Este conjunto de posições contribui para a construção de um perfil de candidato institucional, com princípios firmes e uma visão de moderação e diálogo, procurando apelar a um eleitorado de centro que valoriza a estabilidade e a defesa dos valores democráticos.














