As suas propostas, como o controlo estatal das rendas, alinham-se com a matriz ideológica do partido e visam responder a preocupações sociais prementes.

Num debate sobre habitação, António Filipe defendeu a necessidade de um controlo de rendas por parte do Estado, contrastando a sua visão com a de outros candidatos como João Cotrim de Figueiredo, que apontou para a construção de mais fogos como solução. Esta posição reforça o discurso do PCP sobre a necessidade de intervenção pública para regular o mercado e garantir direitos fundamentais.

Além das propostas setoriais, António Filipe apresenta-se como um garante do cumprimento da Constituição, considerando que a sua candidatura representa um apelo à aplicação plena dos seus princípios, nomeadamente no que toca aos direitos sociais. A sua agenda de campanha reflete esta prioridade, como demonstrado pela sua visita a Piodão, localidade afetada pelo maior incêndio do ano, um gesto que visa mostrar proximidade com os problemas concretos do país e das suas populações.

A candidatura de António Filipe serve, assim, como uma plataforma para projetar a visão do PCP para o país, utilizando a visibilidade da corrida presidencial para defender as suas bandeiras políticas e mobilizar o seu eleitorado tradicional.