A principal batalha estratégica parece ser a “captura do centro”, um espaço político considerado crucial para a vitória, mas que se encontra cada vez mais disputado. A análise de comentadores como Pedro Delgado Alves aponta a “captura do centro” como o objetivo essencial para qualquer candidato com aspirações de vitória.
No entanto, a proliferação de candidaturas torna essa tarefa mais complexa.
José Eduardo Martins prevê um “congestionamento” e a existência de “dois campeonatos” distintos neste ato eleitoral, sugerindo que nem todos os candidatos competem pelo mesmo objetivo ou com as mesmas hipóteses.
O panorama atual confirma esta visão: à esquerda, a presença de candidatos do PS, BE, PCP e Livre fragmenta o voto; à direita e ao centro, figuras como Luís Marques Mendes, Gouveia e Melo e outros disputam um eleitorado semelhante. Este cenário de multiplicidade de escolhas é um desenvolvimento significativo da pré-campanha, indicando um período de reconfiguração política e a ausência de um candidato naturalmente dominante, como aconteceu em eleições anteriores. Os artigos referem ainda que a “caça ao voto” já começou, com trocas de acusações entre candidatos, o que demonstra que, apesar de faltarem vários meses para a eleição, a campanha está efetivamente em curso e a sua intensidade tende a aumentar à medida que cada candidato procura afirmar o seu espaço neste campo congestionado.














