A estratégia de Seguro passa por um delicado equilíbrio: capitalizar o apoio da máquina partidária socialista, ao mesmo tempo que se apresenta como um candidato de todos os portugueses. Durante a apresentação de um livro sobre a sua vida, evento que contou com a presença de notáveis figuras do PS como Manuel Alegre e Ana Gomes, Seguro afirmou que a sua candidatura não procura "virar o passado do avesso" e que o seu compromisso é "colocar sempre o interesse do país acima dos interesses de grupo ou de partidos". Reforçou esta ideia ao declarar que a Presidência da República "não é um palco para vaidades", mas sim "um lugar de responsabilidade, de escuta, de equilíbrio e de inspiração". Esta mensagem visa tranquilizar o eleitorado não-socialista e demarcar-se de uma imagem excessivamente partidária, que poderia ser um obstáculo numa eleição onde a capacidade de gerar consensos alargados é fundamental. Ao garantir que "uma coisa é ter apoio, outra é ser candidato do partido", Seguro tenta construir uma plataforma presidencial autónoma, capaz de dialogar com todos os setores da sociedade e de se afirmar como uma figura de Estado.
Seguro avisa que Presidência da República “não é um palco para vaidades”














