Estas novas entradas fragmentam ainda mais o espectro de escolhas para os eleitores, introduzindo perspetivas distintas no debate político.
Vitorino Silva, que se candidata pela terceira vez, representa uma voz popular e frequentemente descrita como antissistema, com um discurso direto e focado nas preocupações do cidadão comum, longe da linguagem política tradicional.
O seu anúncio oficial está simbolicamente agendado para o dia de um jogo da seleção nacional, associando a sua candidatura a um sentimento de união popular. Por outro lado, a candidatura de Jorge Pinto, deputado de 38 anos e engenheiro do ambiente, insere-se numa lógica partidária, trazendo para a corrida presidencial a agenda do Livre.
A sua plataforma foca-se em temas como a ecologia, o aprofundamento da democracia e um papel mais ativo de Portugal na União Europeia.
Pinto afirma candidatar-se com "posições muito claras e inequívocas" sobre o lugar do país num "mundo cada vez mais multipolar".
A presença destes dois candidatos, embora partindo de pontos opostos do sistema político — um popular e independente, outro partidário e programático —, contribui para alargar o leque de opções e pode ter o efeito de dispersar votos, obrigando os candidatos principais a afinar as suas mensagens para se diferenciarem neste campo cada vez mais congestionado.














