Numa entrevista exclusiva ao NOW, o almirante detalhou o seu entendimento sobre os equilíbrios de poder.
Para Gouveia e Melo, o Presidente deve "auxiliar, vigiar e ser exigente com a governação", mantendo uma distância crítica que lhe permita atuar como um verdadeiro poder moderador e fiscalizador.
Esta perspetiva representa uma crítica implícita ao modelo de coabitação praticado por Marcelo Rebelo de Sousa com o governo de António Costa, muitas vezes descrito como uma relação de grande proximidade. A sua visão é a de um Presidente que atua como um garante do regular funcionamento das instituições, um papel que foi reforçado nas suas declarações sobre a morte de Francisco Pinto Balsemão. Ao recordar o antigo primeiro-ministro, Gouveia e Melo destacou a importância de uma "imprensa verdadeiramente livre" como pilar da democracia, afirmando que o Presidente da República deve "pugnar e tentar que esse pilar da democracia (...) faça o seu papel com toda a liberdade".
Esta defesa intransigente das instituições independentes complementa a sua visão de uma presidência menos focada na gestão política do dia-a-dia e mais centrada na sua função de guardiã constitucional.













