O cancelamento abrupto de um evento com forte carga simbólica e política frustrou as expectativas locais e nacionais.

A deslocação de dois dias ao Grupo Ocidental dos Açores, que incluía as ilhas das Flores e do Corvo, tinha como objetivo sublinhar a importância estratégica destes territórios e a coesão nacional. Na ilha mais pequena do arquipélago, Marcelo Rebelo de Sousa tinha na sua agenda a inauguração do Parque Eólico e a visita ao Parque Fotovoltaico, infraestruturas cruciais do projeto "Corvo Renovável", que visa a autossuficiência energética da ilha.

A visita era vista pelo Governo Regional, presidido por José Manuel Bolieiro, como "um gesto de proximidade e de reconhecimento", que valorizava o contributo dos Açores para o país e reforçava o papel do Grupo Ocidental como "plataforma científica, ambiental e geopolítica". O cancelamento, forçado pelo mau tempo que impediu as deslocações, significou o adiamento de um momento de grande visibilidade para a ilha e para as políticas de sustentabilidade e transição energética. Apesar de ter cumprido o programa na ilha das Flores, a interrupção da visita deixou um sentimento de oportunidade perdida, tanto para a Presidência como para a comunidade local.