As reações refletem as diferentes visões sobre imigração e os critérios para a cidadania, tornando-se um tema central no debate pré-eleitoral.

Luís Marques Mendes, candidato apoiado pelo PSD, considerou a nova lei "equilibrada na versão final" e afirmou que "não há razões para enviar esta lei ao Tribunal Constitucional", embora tenha lamentado a ausência de um consenso mais alargado que incluísse o PS.

A sua posição alinha-se com a do Governo, que promoveu a legislação.

Em contraste, os candidatos à esquerda manifestaram forte oposição.

Catarina Martins, apoiada pelo Bloco de Esquerda, afirmou que vetaria a lei se fosse Presidente, considerando-a "contra as famílias" e prejudicial para a proteção das crianças.

Na mesma linha, António Filipe, candidato apoiado pelo PCP, declarou que enviaria o diploma para fiscalização do Tribunal Constitucional. Por seu lado, António José Seguro, o candidato apoiado pelo PS, evitou assumir uma posição definitiva sobre um eventual veto ou pedido de fiscalização, mantendo uma postura mais cautelosa.

Esta divisão de opiniões sublinha a polarização política em torno do tema da imigração e da identidade nacional, com os candidatos a utilizarem a questão para se diferenciarem e apelarem às suas respetivas bases eleitorais.