O candidato presidencial Henrique Gouveia e Melo endureceu o seu discurso contra André Ventura, acusando o líder do Chega de entrar "num corrupio de xenofobismo e racismo" e traçando um paralelo com o regime nazi. Esta ofensiva verbal marca um ponto de viragem na postura do almirante, que se posiciona como um defensor da democracia contra o que considera ser uma ameaça radical. Numa das suas intervenções mais fortes, Gouveia e Melo afirmou que a estratégia de Ventura de usar minorias como bode expiatório faz lembrar o "sistema hitleriano, que usou os judeus" para os seus fins.
O candidato defendeu que é possível opor-se a uma imigração de "portas escancaradas" sem, no entanto, definir "pela cor ou pelos trajes quem são as pessoas que devem ficar em Portugal".
Para Gouveia e Melo, o tipo de comunicação de Ventura "é racismo puro e duro".
O almirante também se viu obrigado a reagir a desinformação, desmentindo uma "frase que nunca disse" e que foi partilhada nas redes sociais pelo Chega a propósito da Lei da Nacionalidade. Gouveia e Melo esclareceu a sua posição, afirmando que "a nacionalidade, uma vez atribuída, deve garantir a todos os cidadãos os mesmos direitos, deveres e garantias perante a lei".
Com estas declarações, o ex-Chefe do Estado-Maior da Armada procura demarcar-se claramente de Ventura, disputando o eleitorado de direita e centro-direita e apresentando-se como uma alternativa moderada, mas firme, na defesa dos valores democráticos.
Em resumoHenrique Gouveia e Melo intensificou as suas críticas a André Ventura, acusando-o de racismo e comparando a sua estratégia de usar minorias como bode expiatório ao "sistema hitleriano". O almirante também desmentiu uma citação falsa partilhada pelo Chega, reforçando a sua posição na defesa da igualdade de direitos para todos os cidadãos.