Esta decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, evita a coincidência de uma eventual segunda volta com o período de Carnaval, um fator logístico considerado na escolha. A marcação das eleições para 18 de janeiro de 2026 cumpre o requisito legal de ser convocada com uma antecedência mínima de 60 dias. A nota publicada na página da Presidência da República oficializa a data, que já tinha sido indicada como provável pelo próprio chefe de Estado em meados de setembro. A principal justificação para esta escolha foi evitar que uma eventual segunda volta, que por lei ocorre 21 dias após o primeiro sufrágio, coincidisse com o domingo de Carnaval, que em 2026 será a 15 de fevereiro. Com a data de 18 de janeiro, uma segunda volta realizar-se-á a 8 de fevereiro.

A lei estabelece ainda que as candidaturas devem ser apresentadas até trinta dias antes da eleição, o que, com esta data, evita que o prazo limite coincida com a época natalícia.

O período legal para a realização das eleições situa-se nos 60 dias anteriores ao termo do mandato do Presidente cessante, que termina a 9 de março de 2026. Esta formalização do calendário permite agora que os candidatos e as suas equipas estruturem as suas campanhas de forma concreta, desde a recolha de assinaturas à organização de eventos, sabendo exatamente os prazos com que têm de trabalhar. A decisão de Marcelo Rebelo de Sousa reflete uma preocupação com a logística do processo eleitoral e a participação cívica, ao mesmo tempo que dá o sinal de partida oficial para uma corrida que já se encontrava em plena pré-campanha.