Este modelo representa um "enorme investimento televisivo" e visa garantir o esclarecimento dos eleitores, embora a exclusividade exigida pelos canais generalistas gere controvérsia.

O acordo estabelecido entre os três canais de sinal aberto (FTA) e as candidaturas prevê a realização de confrontos diretos entre os oito principais candidatos: André Ventura, António Filipe, António José Seguro, Catarina Martins, Henrique Gouveia e Melo, João Cotrim de Figueiredo, Jorge Pinto e Luís Marques Mendes.

A RTP transmitirá 12 debates, enquanto a SIC e a TVI transmitirão oito cada.

O primeiro debate está agendado para 17 de novembro, entre André Ventura e António José Seguro na TVI, e o último ocorrerá a 22 de dezembro, com um frente a frente entre Gouveia e Melo e Marques Mendes, também na TVI. Os debates decorrerão em horário nobre, às 21:00, com o objetivo de alcançar um número abrangente de telespetadores. Os canais justificam a exclusividade do formato, afirmando que "a realização de outros debates, no mesmo período, não é razoável porque iria contribuir para desviar a atenção dos espetadores".

No entanto, esta decisão gerou críticas, nomeadamente da Medialivre, dona da CMTV, que apresentou uma queixa à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) por se sentir excluída e por alegar um acordo de exclusividade que pode configurar uma "prática concertada".

A candidata Manuela Magno também apresentou uma queixa na CNE pela sua exclusão.

O calendário prolonga-se até perto do Natal devido a interrupções para jogos de futebol.