Numa deslocação às ilhas, António Filipe defendeu que não é necessária uma nova revisão constitucional para aprofundar as autonomias regionais, argumentando que a revisão de 2004 já incluiu "soluções adequadas" que "não foram exploradas na totalidade". No entanto, admitiu que a Lei das Finanças Regionais "justifica uma reflexão", sobretudo no que diz respeito à estabilidade.

Esta posição contrasta com as discussões em curso sobre um novo modelo de financiamento para os Açores e a Madeira.

Noutra frente, o candidato do PCP tem sido uma voz crítica contra as intenções do Governo de rever a lei laboral, acusando o executivo de querer "liberalizar despedimentos".

Esta crítica alinha-se com a posição da CGTP, que vê no novo pacote laboral um "brutal aceleramento da exploração".

António Filipe também se pronunciou sobre a crise na saúde, considerando "particularmente grave" a reação da ministra Ana Paula Martins à morte de uma grávida e "inaceitável" o aumento de partos fora de unidades hospitalares. Com estas tomadas de posição, a candidatura de António Filipe procura consolidar o seu eleitorado, focando-se em temas caros à esquerda e apresentando-se como uma alternativa clara às políticas do atual Governo.