As críticas visam diretamente a ministra Ana Paula Martins e o primeiro-ministro, Luís Montenegro, transformando a gestão da saúde num teste à sua liderança e num campo de batalha eleitoral.
Os candidatos têm aproveitado os recentes acontecimentos, como a morte de uma grávida no Hospital Amadora-Sintra e as notícias sobre cortes orçamentais, para exigir responsabilidades.
António José Seguro, candidato apoiado pelo PS, declarou que, "se fosse Presidente, já teria tido uma conversa com o primeiro-ministro para se resolver verdadeiramente os problemas da Saúde em Portugal". Na mesma linha, Henrique Gouveia e Melo responsabiliza diretamente o primeiro-ministro, afirmando que "se a ministra da Saúde está a falhar, o primeiro-ministro também está".
Catarina Martins acusou a ministra de insensibilidade e de não ter condições para continuar no cargo. Por sua vez, Luís Marques Mendes pressionou a ministra, afirmando que, após mais de um ano em funções, "já não chega ter diagnósticos, é preciso soluções". João Cotrim de Figueiredo adotou uma perspetiva mais sistémica, argumentando que "o sistema tritura qualquer ministro" e que os problemas não se resolvem apenas com a substituição da titular da pasta. A unanimidade nas críticas por parte dos candidatos de diferentes espectros políticos evidencia a centralidade do tema e a fragilidade do Governo nesta área, que se tornou o principal alvo da oposição na corrida a Belém.













