A sua candidatura visa representar um espaço ecologista, feminista e europeísta, afirmando-se como um "contrapeso democrático".

O apoio do Livre foi confirmado após uma consulta interna não vinculativa na qual Jorge Pinto obteve 67,3% dos votos dos militantes, superando a preferência por António José Seguro (17,6%).

Na apresentação da sua candidatura, o deputado de 38 anos sublinhou que a sua entrada na corrida "fazia falta" e que representa uma candidatura "da esquerda democrática, ecologista, europeísta, regionalista e globalista, uma candidatura feminista, antirracista, defensora intransigente dos direitos humanos, da dignidade e da decência".

Pinto admitiu que esperou até à "25ª hora" pelo surgimento de um candidato extrapartidário capaz de agregar as esquerdas, mas, perante a sua ausência, decidiu avançar.

Numa entrevista, afirmou ser "o único candidato que quer ser realmente presidente", criticando outros por quererem apenas "picar o ponto" ou serem "viciados na sua imagem".

Como Presidente, prometeu ser uma barreira a uma "revisão drástica da Constituição" pela direita, admitindo dissolver a Assembleia da República nesse cenário.

A sua candidatura insere-se num contexto de fragmentação à esquerda, mas procura marcar uma posição clara e geracional, focada em valores progressistas e ambientais.