Pizarro justificou a sua escolha afirmando que o almirante na reserva é a “pessoa mais bem qualificada” e com “mais provas dadas” no que diz respeito ao serviço público, recordando o seu papel de liderança durante o processo de vacinação contra a COVID-19. Embora o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, tenha deixado claro que o apoio formal a Seguro não colide com a “liberdade” dos dirigentes e militantes para apoiarem outros candidatos, a decisão de uma figura proeminente como Pizarro, que recentemente ocupou uma pasta governamental de relevo, tem um peso simbólico considerável. Este apoio reforça a estratégia de Gouveia e Melo de se apresentar como um candidato transversal, capaz de captar apoios para além das fronteiras partidárias. O próprio almirante revelou estar a receber, “em privado”, apoios de membros do PS, PSD e CDS, o que alimenta a sua imagem de independência. Para a candidatura de António José Seguro, este episódio representa um revés, fragilizando a sua capacidade de unir o eleitorado socialista e demonstrando que a sua nomeação não foi consensual, mesmo entre as figuras mais destacadas do partido.
Manuel Pizarro, ex-ministro do PS, declara apoio a Gouveia e Melo, expondo fissuras no apoio socialista a Seguro
O apoio do ex-ministro da Saúde socialista, Manuel Pizarro, à candidatura de Henrique Gouveia e Melo constitui um dos desenvolvimentos políticos mais relevantes da semana, ao evidenciar divisões no seio do PS. Esta decisão contraria o apoio formal da Comissão Nacional do partido a António José Seguro, o candidato oficial da área socialista.



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José Miguel Júdice, mandatário da campanha de João Cotrim de Figueiredo, afirma que os debates beneficiaram mais o seu candidato e também António José Seguro. José Miguel Júdice apontou também o dedo a Gouveia e Melo e Marques Mendes.

Isaltino Morais, apoiante de Henrique Gouveia e Melo, afirma que o almirante "encurralou" Luís Marques Mendes no debate presidencial desta segunda-feira.

Álvaro Beleza, apoiante de António José Seguro, afirma que o seu candidato é um "fator de equilíbrio" e que essa característica é essencial para um Presidente da República.

O diretor de campanha de Luís Marques Mendes afirma que o debate desta segunda-feira "não foi agradável" para o seu candidato presidencial, mas sublinha que Marques Mendes é o candidato em quem os portugueses mais confiam.







