Esta iniciativa visa colocar o tema no centro da agenda e forçar os outros candidatos a confrontarem as suas propostas de forma direta.

Ventura especificou que o convite se dirigia a Luís Marques Mendes, Henrique Gouveia e Melo e António José Seguro, propondo que o debate ocorresse “numa das instituições de referência de saúde nacionais”. O líder do Chega lamentou a aparente falta de disponibilidade dos seus oponentes, sugerindo que a recusa poderia dever-se a “alguma incompetência” sobre o tema.

A reação dos visados foi diversa.

Henrique Gouveia e Melo aceitou o desafio, mas não sem criticar Ventura por “cavalgar um problema que o Governo tem em mãos”, lembrando que já tinha sido o primeiro a levantar a questão meses antes. Luís Marques Mendes, por sua vez, pareceu desvalorizar a proposta, afirmando que haverá muitos debates e não seria necessário um dedicado apenas à saúde.

Esta manobra de André Ventura insere-se na sua estratégia de pautar a agenda mediática e de se posicionar como o principal opositor às políticas atuais, utilizando um dos temas que mais preocupa os portugueses.

Ao mesmo tempo, o desafio permite-lhe testar a disponibilidade dos seus adversários para o confronto direto sobre um assunto complexo, onde as soluções não são consensuais.